17/06/2019 08h00
Urb, uma cidade projetada para o futuro, está devastada pelos sete pecados capitais. Seus moradores, vítimas da peste, vagueiam como zumbis, desfigurados, em um cenário de decadência, de apocalipse, de fim dos tempos. O anúncio de dias sombrios é feito por quatro cavaleiros: a Peste, a Guerra, a Fome, a Morte. São eles que abrem as portas para uma revelação sinistra, em que um anjo caído, travestido de falso profeta, desafia os poderes malignos de Lúcifer.
Tenso, não? Pois é justamente essa a intenção do script do espetáculo “Apocalipse” da Hora do Horror, do Hopi Hari, parque temático em Vinhedo, interior de São Paulo. O maior evento do gênero da América Latina começa em 8 de agosto e contará histórias baseadas em medos reais, envolvendo demônios já conhecidos, mas cujo enredo promete reviravoltas inéditas. Ao todo, mais de 150 artistas foram escalados para este elenco macabro.
A encenação, que envolve atores, bailarinos e performances em um show de horror coreografado em um palco de 16 metros de boca, cheio de efeitos especiais, visa arrepiar o visitante. “Nosso desafio é misturar ficção com realidade, pois trabalharemos com embasamento bíblico e com o medo real. Queremos trazer à flor da pele as sensações que as pessoas tanto temem”, explicou Rogério Barbatti, gerente de Conteúdo do parque.
Já foi o tempo que o Hopi Hari se propunha a disparar a adrenalina de seus visitantes apenas com brinquedos radicais. O parque nunca trouxe a figura de Lúcifer como ele é em seus eventos de horror. Sempre resguardou a realidade. O mal era oculto. Desde o espetáculo do ano passado, quando o Hopi Hari soltou as bruxas em seus 760 mil metros quadrados, o propósito é ir direto à fonte, sem mascarar nada, escancarar o que as pessoas tanto temem.
“Estamos muito satisfeitos com a temática. O público irá se surpreender logo na entrada com a cenografia especial preparada para o evento”, afirmou Alexandre Rodrigues, presidente do Hopi Hari. “E ainda poderemos aplicar o conteúdo no ‘Edukare’, nosso projeto educativo voltado para escolas e que aborda conceitos de Física, Biologia, História e Meio Ambiente”, completou.
Logo após o show “Apocalipse”, que tem por objetivo impactar emocionalmente o público, como uma espécie de “balada do horror”, a arena do Hopi Hari se transformará em uma aventura arrepiante a céu aberto, dividindo os atores entre as áreas de sustos (com luzes vermelhas para alertar os visitantes que não querem ter emoções fortes), ruas do parque e túneis, que são sempre uma das experiências mais aguardadas pelos visitantes. Afinal, a diversão é sentir medo.