04/08/2019 15h00
Mais do que ser um dos maiores parques temáticos da América Latina, o Hopi Hari, em Vinhedo (SP), se preocupa em ser uma empresa atenta à preservação do meio ambiente e seus recursos naturais. Desde a inauguração, há 20 anos, o País Mais Divertido do Mundo coleta e trata 100% seu esgoto. Com a mesma preocupação, realiza o tratamento de toda a sua água, fazendo reuso nas descargas e para regar plantas.
Na vanguarda, o Hopi Hari foi a primeira empresa do continente a instalar uma Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), com tecnologia canadense avançada e que trata todo o esgoto gerado pelo parque. Por meio deste sistema, dois problemas são solucionados: o desperdício de água e a poluição dos mananciais, assuntos tão discutidos desde sempre e cada vez mais atuais nos dias de hoje.
Para somar nesta e em outras ações de conservação e desenvolvimento dos recursos hídricos e, principalmente, garantir a qualidade de vida da comunidade ao redor, há o Programa de Reflorestamento, o Programa de Proteção e Defesa da Fauna e o Programa de Meio Ambiente; este último se destaca pelo tratamento de efluentes, captação subterrânea de água potável e gerenciamento de resíduos.
Como funciona
Autossustentável, o Hopi Hari capta quatro milhões de litros de água a cada seis meses para operar o Rio Bravo, por exemplo, atração aquática que oferece ao visitante a sensação de estar em um rafting em qualquer época do ano, com direito a obstáculos, corredeiras, pontes, montanhas e cachoeiras. Nesta linha, quase metade de toda a água captada pelo parque é consumida pelo visitante.
O restante se transforma em efluente (esgoto), submetido a um rigoroso processo de tratamento para ser transformado em água de reuso. Esta água é utilizada nas descargas de todos os banheiros do parque, na lavagem de pisos e na irrigação de áreas verdes, o que beneficia as cerca de 760 mil pessoas que visitam o parque por ano. A água do Rio Bravo, por sua vez, é tratada semanalmente.
A ETE do Hopi Hari tem 300 metros quadrados, e todo o processo de tratamento do esgoto ocorre dentro de containers fechados, por meio de um sistema chamado Zenogem, que consiste em lodos ativados (biológico) integrados a um sistema de membranas de micro-filtração (físico). De acordo com o gerente de Segurança, Saúde e Meio Ambiente (SSMA), Célio Tenório, o efluente chega ao container em estado bruto.
“A partir daí, as membranas, que são ocas e possuem espessura de um fio de cabelo, realizam a ultrafiltração, permitindo que o efluente tratado ultrapasse suas paredes”, explicou. A porosidade da membrana é muito eficiente e faz com que sejam retidos tanto materiais insolúveis (bactérias, coloides e sólidos suspensos), quanto materiais de alto peso molecular (moléculas de óleo e sólidos pequenos).
Outras ações
O Hopi Hari também se preocupa com os rios e lagos da região no qual está instalado, por isso, faz o monitoramento constante da cabeceira do Rio Capivari. Segundo Tenório, “o trabalho contribui – e muito – com as nascentes e garante a qualidade do manancial”, para que ele continue atendendo a fauna e a flora local, que têm suas particularidades e são abundantes.
Na mesma linha, para garantir que a mata envolvida pelos 760 mil metros de parque continue capacitada para a preservação de suas nascentes, bem como dos recursos hídricos, a equipe de SSMA do País Mais Divertido do Mundo “realiza o monitoramento constante da Área de Preservação Permanente (APP), além do reflorestamento em seu entorno”, afirmou o gerente.